O neurofeedback é um tratamento cujo principal objetivo é o de melhorar o funcionamento cerebral por meio da neuromodulação autorregulatória não invasiva, sendo indicado para a condução de diversas disfunções neurológicas, como explica a neuropsicóloga da nossa Clínica, Fernanda Ortiz.

O neurofeedback permite que o paciente trabalhe diretamente em desafios definidos durante a consulta como se fosse uma espécie de game. Para atingir os objetivos “do jogo”, o paciente precisa redesenhar o seu raciocínio por meio de erros e acertos. Assim, o cérebro é treinado para ser menos impulsivo.

O procedimento do neurofeedback é, então, baseado em um programa de computador conectado ao paciente por meio eletrodos sobre o couro cabeludo, que captam as emissões elétricas dos neurônios e enviam sinais à máquina pela qual o médico visualiza e interpreta as reações do paciente aos estímulos gerados.

“A análise se dá a partir dos sensores que captam os sinais elétricos dos neurônios, que são decodificados e processados pelo software. Com isso, o funcionamento do cérebro pode ser acompanhado em tempo real e permite ao especialista a abordagem mais apropriada em resposta aos estímulos apresentados”, explica a neuropsicóloga.

Para contextualizar o mecanismo do procedimento, Fernanda explica que o cérebro funciona por meio de descargas elétricas, que são a base da comunicação entre os neurônios e que em condições reativas podem ter suas funções aumentadas.

Os exercícios propostos no tratamento mantêm o pulso em faixas de frequência que são determinadas a partir dos objetivos finais, fortalecendo as redes neuronais, aumentando a flexibilidade do cérebro e incrementando a estabilidade mental.

Benefícios do neurofeedback

O neurofeedback pode estimular as habilidades naturais do cérebro, contribuindo para regular e desenvolver suas potencialidades e corrigir distúrbios, melhorando o desempenho cognitivo e comportamental do paciente.

Em casos do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), por exemplo, a neurobiologia consiste em lentidão nas áreas pré-frontais do cérebro – região responsável pelo comportamento, emoções e pensamentos. Assim, o neurofeedback é uma das maneiras de treinar o cérebro do paciente para se desenvolver de forma mais eficaz.

“Ao reduzir os padrões do cérebro demasiado rápido e demasiado lento – como ocorre em alguém com TDAH, por exemplo –, o neurofeedback ajuda o paciente a assumir o autocontrole, sendo uma importante alternativa para pessoas que não respondem aos tratamentos convencionais ou que não toleram os efeitos colaterais das medicações”, explica a profissional.

Para que casos pode ser indicado e quanto tempo dura o tratamento com o neurofeedback:

Por ser um protocolo bastante intensivo, o neurofeedback exige dedicação e disciplina, sendo recomendável de 45 a 60 sessões, sendo uma consulta semanal no mínimo.

Não é possível fazer uma definição prévia sobre a quantidade de tempo total, pois irá depender do quadro e da resposta do paciente, entretanto, é um tratamento com efeitos duradouros.

Dentre algumas das disfunções para as quais o neurofeedback tem sido amplamente indicadas, estão:

• Ansiedade e pânico
• Autismo
• Déficit de Atenção (DDA/DDAH)
• Depressão
• Derrames/quadros isquêmicos (AVC’s)
• Desordens do sono/insônia
• Dores crônicas (incluindo Fibromialgia)
Enxaqueca
Epilepsia
• Estresse pós-traumático
• Memória
• TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
• Traumatismos crânio-encefálicos (TCE’s)

Este conteúdo não substitui a orientação do especialista. Para esclarecer quaisquer dúvidas e realizar diagnósticos, consulte o seu médico.

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