Neuroendocrinologia
Neuroendocrinologia
Principais doenças
Esperamos que você possa aproveitar este texto sobre as doenças da hipófise. Ele foi compilado com a ajuda de diversos renomados endocrinologistas, radiologistas, patologistas e neurocirurgiões, de modo que pudesse ser acessível ao público em geral.
No entanto, este não é um guia para auto-diagnóstico e nem mesmo uma maneira ideal de confirmar seu diagnóstico. A única maneira de obter um diagnóstico fidedigno é procurar seu médico. Este texto elucida diversos sinais e sintomas que podem auxiliar médicos e pacientes na sua jornada na direção da cura.
Esperamos que você não tenha uma doença da hipófise, mas caso isso ocorra, gostaríamos que soubesse que hoje existem tratamentos medicamentosos e cirúrgicos bastante eficazes e seguros. Sem dúvida, o tratamento hoje é bem melhor que aquele existente há 10 anos atrás. No entanto, saiba que o tratamento das doenças da hipófise pode ser bastante prolongado (até mesmo uma vida toda…).
O diagnóstico e tratamento do paciente com doença pituitária é algumas vezes difícil, e por vezes frustante. Os sinais e sintomas nem sempre se encaixam perfeitamente no que está escrito nos livros. A neuroendocrinologia é ainda uma especialidade jovem e os progressos ocorrem a cada dia. De uma maneira geral, é bastante difícil para o clínico geral manter-se atualizado em todos os ramos da medicina. É por este motivo que hoje existem profissionais dedicados exclusivamente às doenças da hipófise.
Cortisol (hydrocortisone) stress hormone, molecular model. Atoms are represented as spheres with conventional color coding: hydrogen (white), carbon (grey), oxygen (red)
Doenças da Hipófise
A hipófise (ou pituitária), também chamada de “glândula mestra”, é uma glândula do tamanho de uma ervilha alojada na base do crânio entre os olhos. A hipófise secreta uma série de hormônios que dirigem funções vitais diversas tais como crescimento, desenvolvimento sexual, volume urinário etc. As glândulas adrenais e a tireóide são diretamente governadas pela hipófise. A hipófise possui sensores capazes de regular a atividade da maior parte das outras glândulas de nosso corpo.Os sintomas dos tumores da hipófise variam de acordo com seu tamanho e configuração, bem como caso o tumor secrete hormônios específicos. O maioria dos adenomas (tumores) da hipófise são benignos e crescem lentamente dentro da glândula. No entanto, tumores mais agressivos podem existir e crescer rapidamente, causando cegueira, aumento da pressão intracraniana e anormalidades endócrinas potencialmente fatais.
Até 26% das hipófises estudadas em necrópsias possuem pequenos tumores em seu interior. Só uma minoria terá repercussão clínica. Infelizmente, mesmo aqueles que são diagnosticados, recebem tratamento inadequado. O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico pode ser de 5 a 14 anos! Desnecessário dizer que quanto mais precoce o diagnóstico, mais adequadamente estes pacientes serão tratados. Crianças também podem possuir tumores hipofisários e apresentar sintomas bastante precocemente.
Muitas linhas de pesquisa encontram-se hoje em desenvolvimento. Por que se desenvolvem os tumores hipofisários? Por que são tão comuns e por que poucos causam sintomas? Como podemos identificar aqueles que se manifestarão clinicamente? Como prever quais tumores terão comportamento agressivo e rescidivarão após cirurgia?
Sabemos hoje, que estes tumores têm origem monoclonal (ou seja, a partir de uma única célula original). Isto significa que há uma base genética envolvendo uma anormalidade gênica, que predispõe uma célula determinada a crescer desordenadamente, enquanto as células normais ao redor se comportam de uma maneira regulada.
- Hipersecreção de hormônios da hipófise – Acromegalia;
- Doença de Cushing;
- Prolactinoma (hiperprolactinemia);
- Tumores secretores de unidade alfa;
- Síndrome da sela vazia;
- Hiposecreção hipofisária/ Tumores não-secrotores de hormônios;
- Craniofaringioma;
- Cistos da Bolsa de Rathke;
- Síndrome de Sheehan’s;
- “Efeito de massa”;
- Hipopituitarismo;
- Hipotireoidismo;
- Deficiência do hormônio de crescimento;
- Síndrome de Addison;
- Hipogonadismo;
- Hipofisite;
- Distúrbios visuais;