Novos estudos mostram que a estimulação cerebral promove a plasticidade neuronal – ou seja, a capacidade das células cerebrais se recuperarem

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são causa relevante de deficiências de longo prazo. Apesar de adequada reabilitação, um terço dos pacientes mantêm problemas motores incapacitantes a longo prazo. Os problemas ocorrem em pessoas em quem áreas do cérebro foram lesadas, seja por isquemia (falta de oxigênio) ou hemorragia. De uma maneira geral, as células cerebrais dificilmente recuperam-se espontaneamente.

Ao longo de uma década, estudos em animais mostraram claramente que a estimulação cerebelar promovia a plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade das células cerebrais recuperarem-se.

Uma equipe liderada pelo Dr. Andre Machado, diretor do Instituto Neurológico da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, tem realizado desde 2016, dentro do contexto de pesquisa clínica, alguns procedimentos de estimulação cerebral profunda para melhoria dos problemas motores relacionados ao AVC.

Durante o procedimento, eletrodos foram implantados em uma região do cérebro denominada cerebelo, que tem conexões extensas com o córtex cerebral. Conectado a um marca-passo especial, estes eletrodos fornecem pulsos elétricos pequenos como uma maneira de ajudar o indivíduo a recuperar o controle de seus movimentos.

Os primeiros pacientes apresentaram melhoras notáveis. Se os resultados finais destas pesquisas forem positivos, será uma nova esperança para os pacientes que sofreram um derrame e estão paralisados. Seria uma oportunidade para os pacientes ganharem função e, portanto, mais independência.

Artigo produzido por Dr. Arthur Cukiert e veiculado no site Veja Online. Matéria original disponível aqui.

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