Os  tumores hipofisários são em geral adenomas benignos com origem em uma célula da hipófise anterior. Quinze a 20% dos mesmos secretam hormônio do crescimento (acromegalia/gigantismo); 30-35% secretam prolactina (galactorréia); 10-15% secretam cortisol (Cushing); menos de 1% secretam hormônio estimulante da tireóide e 30-40% dos mesmos não possuem secreção específica.

Os tumores são em geral pequenos tumores (microadenomas) secretores ou grandes tumores não-secretores (macroadenomas). Os microadenomas são em geral detectados por sua secreção hormonal anormal enquanto que os macroadenomas são em geral diagnosticados quando exercem compressão sobre as estruturas vizinhas, em especial os nervos ópticos. Tumores não-secretores podem então permanecer asintomáticosa até que exercem compressão nas estruturas vizinhas.

Tumores hipofisários podem comprimir e danificar a hipófise normal, bem como podem protruir para fora da região da hipófise e comprimir o quiasma óptico (perda visual), a duramater (dor de cabeça), o hipotálamo (distúrbios endócrinos) e estruturas vasculares (derrames). O tratamento cirúrgico possui 2 objetivos: 1- Fazer regredir os sintomas devidos aos efeitos compressivos e 2- corrigir as anormalidades endócrinas. Mesmo tumores não-secretores podem produzir distúrbios endócrinos (por lesão da hipófise ou compressão do hipotálamo). Assim, uma avaliação endócrina completa é importante em todos os casos.

A cirurgia mais utilizada é a ressecção transesfenoidal destes tumores. Esta técnica ganhou grande aceitação e desenvolveu-se muito nos últimos 20 anos. Para tumores pequenos e não invasivo, encontra-se remissão em torno de 90-95% dos casos. Nos tumores maiores, 40-80% dos pacientes obterão remissão com cirurgia, dependendo especialmente do grau de invasão do tumor. A mortalidade associada à ressecção transesfenoidal é menor que 1% caso o procedimento seja realizado exclusivamente por neurocirurgião extremamente treinado nesta técnica. Os efeitos colaterais ou complicações podem incluir diabetes insipidus (falta do hormônio de controle da diurese- 1% dos casos) e fístula liquórica (4% dos casos). Outras complicações são incomuns, e a hospitalização dura em geral de 5-7 dias. Em algumas situações especiais, a cirurgia necessita incluir a abertura do crânio e aí podem existir riscos maiores. 

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